quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Peter, o bravo cavaleiro medroso.

Coragem. Parece fácil dizer o que essa pequena e forte palavra significa. Nos dicionários mais conceituados encontramos o seguinte: "Firmeza de ânimo ante o perigo", ou ainda "Constância com que se prossegue no que é difícil de conseguir".

Para muitos, hoje Peter pode ser chamado de "Corajoso Cavaleiro" ou, como alguns preferem, "Bravo Guerreiro", mas nem sempre foi assim.

As histórias que começo a contar a partir de hoje vão mostrar que Coragem é uma das palavras mais subjetivas que existe. Sim, subjetiva por que a coragem sempre está condicionada a um impulso ou motivação que supera qualquer medo que possamos sentir.

Peter nasceu em um pequeno vilarejo dentro de um reino conhecido como "Reino Branco".

Naqueles lados do mundo de Bretoria o clima não favorecia muito a agricultura, por isso, muitos de lá aprendiam a caçar e a lutar quando eram ainda muito jovens. Peter não.

Peter era como um daqueles garotos que hoje chamamos de "nerds". Pele pálida como a neve que caia na maior parte do ano, cabelos castanhos como a tundra que resistia bravamente ao frio daquela região e olhos que viam tão mal que Peter mal podia identificar seu pai enquanto ele vinha voltando da vitoriosa caçada.

Peter era tão fraco e medroso que se assustava com o grande pedaço de Búfalo que seu pai trazia para sustentá-lo durante o resto do mês.

Algumas pessoas daquela pequena vila diziam que Peter havia sido amaldiçoado pelos deuses e que nunca poderia ter o coração de guerreiro como os seus antepassados.

Peter era sim diferente, mas seu valor ainda seria reconhecido... E como seria...